Com esforços coordenados, o Banda Larga nas Escolas e o Proinfo Integrado levaram conexões e computadores a 44.059 escolas públicas urbanas de todo o país desde que o programa de conexão foi lançado, em abril de 2008. O número representa 67,91% de todas as 64.879 instituições abrangidas pelo projeto – as demais serão conectadas e vão receber novos laboratórios até o final do ano. Também até dezembro, a capacidade de transmissão de todas as conexões deve ser ampliada dos atuais 1 Mbps para 2 Mbps ou a maior velocidade disponível na localidade.
O Portal Domínio Público e o Banco de Objetos Educacionais são as iniciativas de oferta de conteúdo. Além de dispor os laboratórios, o Proinfo integrado engloba ações de capacitação de professores e alunos. De acordo com o Ministério da Educação, em 2009, 332 mil professores foram capacitados para trabalhar com tecnologias da informação e comunicação em sala de aula. Até o fim deste ano, 303 mil terão participado de cursos de formação. O programa de capacitação de alunos, o Aluno Integrado, visa formar voluntários para auxiliar no uso e na manutenção de laboratórios. Em agosto, começa a treinar 75 mil estudantes acima de 15 anos em cursos de 180 horas. Essas iniciativas de formação complementam a implantação da infraestrutura dos laboratórios e têm como principal objetivo impedir que fiquem sem uso.
“Ganhamos uma escala sem precedentes na oferta de tecnologia para a educação”, conta Carlos Eduardo Bielschowsky, secretário de Educação a Distância do Ministério da Educação. Mas, explica ele em uma reportagem publicada no portal do MEC, “não se pode confundir a oferta de infraestrutura com a criação de uma nova cultura nas escolas. Este é o próximo passo”.
Agora, o MEC começa a se preparar para criar meios de controle social sobre o uso dos laboratórios, por meio de um sistema que será apresentado dentro de três meses, explica Bielschowsky. Conectado à rede de banda larga, o sistema vai fornecer ao MEC informações sobre os dados que trafegam a partir de e para cada escola, e que poderá ser visualizado, também, pelos cidadãos. Outra ferramenta de avaliação será uma pesquisa encomendada à Unesco para avaliar o que o uso da tecnologia mudou nas salas de aula. Deverá ser concluída nos próximos dois meses.
Bielchowsky, que estudou mais de cem artigos avaliando o uso de TICs na educação em vários países, explica que ainda não existem meios claros para avaliar esse impacto: “Não é trivial fazer isso, porque é uma avaliação conjugada a uma série de outros fatores”. Um desses fatores é a necessidade de, uma vez oferecida a infraestrutura, e desde que funcione bem, criar, ao longo do tempo, a cultura de uso da tecnologia. O que requer esforços continuados junto a professores e alunos. E leva tempo.
Matéria Divulgada pela A Rede nº58 maio/2010 - Link :
http://www.arede.inf.br/inclusao/edicoes-anteriores/160-edicao-no-58-maio2010/2942-mec-avalia-suas-iniciativas